a)Morra Salazar não faz falta à Nação.
b)Morra Salazar? Não. Faz falta à
Nação!
Eis como a pontuação é importante. Trata-se de uma "anedota" muito
usada no "Estado Novo", mas que inverte todo o sentido da frase.
«Imaginem esta palavra phase, escripta assim: fase. Não nos parece uma palavra, parece-nos um esqueleto (...) Affligimo-nos extraordinariamente, quando pensamos que haveriamos de ser obrigados a escrever assim!»
Alexandre Fontes, A Questão Orthographica, Lisboa, 1910, p. 9.
Alexandre Fontes, A Questão Orthographica, Lisboa, 1910, p. 9.
quinta-feira, fevereiro 07, 2013
U omãi qe dava pulus (i põtapés na gueramática)
Quase todos os políticos que nos governam hoje falam mal português. Veja-se o caso de Angela Merkel
"Ser visto e ser ouvisto pelos portugueses é também uma razão de justificar o investimento" - Miguel Relvas A gente somos um país muita curioso. Houveram eleições e, com base no que tínhamos visto e ouvisto na campanha eleitoral, votámos maioritariamente nos partidos que assinaram com a troika um acordo, digamos, difícil de cumprir. Mas hádem dizer-me quantos são, mesmo entre os que votaram no seu partido, aqueles que admiram, respeitam ou sequer toleram o trabalho e a figura de Miguel Relvas. O ministro não parece ser muito popular, derivado do seu envolvimento em alguns escândalos como, por exemplo, o da licenciatura. Mas nem por isso deslarga o poder. Entrou para dentro do Governo, há dois anos atrás, e ninguém o tira de lá. Para fora.
Prontos, mas as pessoas não são só defeitos. E Miguel Relvas tem o grande mérito de constituir um exemplo, parece-me a mim. Muitos desempregados não conseguem arranjar emprego por causa que têm habilitações a mais. Miguel Relvas obteve o seu com emprego mesmo tendo claramente habilitações a menos. Apontou para baixo e foi bem sucedido. Estabeleceu um objectivo mais modesto e atingiu-o. E ainda o acusam de ser muito ambicioso...
Os cortes no Estado social não são uma necessidade de poupança, são uma estratégia de futuro. Relvas deseja que o Governo faça cortes na educação porque ele próprio cortou na sua e venceu. Conhece, por experiência própria, as vantagens de desinvestir na educação. É um exemplo de sucesso de deformação profissional. Como cidadões, temos muito a aprender com ele. Ou a desaprender, já não sei.
Soares fala mal francês, Sócrates falava mal inglês e espanhol, e Relvas fala mal português. Quase todos os políticos que nos governam hoje falam mal português, aliás. Veja-se o caso de Angela Merkel. Saberá dizer duas, três palavras no máximo. Os nossos dirigentes sempre tiveram um problema com as línguas. E, tendo em conta o estado em que o país se encontra, também não parecem ser melhores nos números. Talvez tenham sido daqueles alunos que só eram bons em educação física.
Prontos, mas as pessoas não são só defeitos. E Miguel Relvas tem o grande mérito de constituir um exemplo, parece-me a mim. Muitos desempregados não conseguem arranjar emprego por causa que têm habilitações a mais. Miguel Relvas obteve o seu com emprego mesmo tendo claramente habilitações a menos. Apontou para baixo e foi bem sucedido. Estabeleceu um objectivo mais modesto e atingiu-o. E ainda o acusam de ser muito ambicioso...
Os cortes no Estado social não são uma necessidade de poupança, são uma estratégia de futuro. Relvas deseja que o Governo faça cortes na educação porque ele próprio cortou na sua e venceu. Conhece, por experiência própria, as vantagens de desinvestir na educação. É um exemplo de sucesso de deformação profissional. Como cidadões, temos muito a aprender com ele. Ou a desaprender, já não sei.
Soares fala mal francês, Sócrates falava mal inglês e espanhol, e Relvas fala mal português. Quase todos os políticos que nos governam hoje falam mal português, aliás. Veja-se o caso de Angela Merkel. Saberá dizer duas, três palavras no máximo. Os nossos dirigentes sempre tiveram um problema com as línguas. E, tendo em conta o estado em que o país se encontra, também não parecem ser melhores nos números. Talvez tenham sido daqueles alunos que só eram bons em educação física.
Ricardo Araújo Pereira
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Ler mais: http://visao.sapo.pt/ricardo-araujo-pereira=s23462#ixzz2KE1lUUD5
domingo, janeiro 20, 2013
Ciberescola
Professores, pais e alunos, já conhecem a Ciberescola? Fantástica!
Registem-se e aprendam mais sobre a nossa língua materna!
Aqui. http://www.ciberescola.com/ index.php
Registem-se e aprendam mais sobre a nossa língua materna!
Aqui. http://www.ciberescola.com/
quinta-feira, janeiro 17, 2013
Interviu vs interveio
A
forma verbal *"interviu" é um erro frequente, sobretudo na linguagem oral. O verbo intervir é formado a partir do verbo vir (inter +
vir) e por isso segue a sua conjugação.
- Maria José Nogueira Pinto interviu no debate para sublinhar que, na sua opinião , a provisão que está na constituição "é para aperfeiçoar, não ...
(http://sicnoticias.sapo.pt/Lusa/2011/02/11/ar-esquerda-chumba-projeto-inoportuno-de-lei-de-bases-da-economia-social-do-psd)
Verbo vir no pretérito perfeito:
Eu vim
Tu vieste
Ele veio
Nós viemos
Vós viestes
Eles vieram
Logo:
Eu intervim
Tu intervieste
Ele inteveio
Nós interviemos
Vós interviestes
Eles intervieram
Portanto, devemos usar como referência o verbo “vir” para conjugar o verbo “intervir”.
- O secretário-geral da UEFA, Gerhard
Aigner, interviu no debate sobre a questão das arbitragens, em foco durante o
Mundial 2002, e relançou a ideia de experimentar um segundo juiz no campo. A
FIFA já tinha referido a necessidade da experiência.
(http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Interior.aspx?content_id=736526)- Maria José Nogueira Pinto interviu no debate para sublinhar que, na sua opinião
(http://sicnoticias.sapo.pt/Lusa/2011/02/11/ar-esquerda-chumba-projeto-inoportuno-de-lei-de-bases-da-economia-social-do-psd)
- Os criadores que interviram no debate consideram que a sementeira e maneio de pastagens e a instalação de salas de ordenha são duas áreas prioritárias de actuação...
http://www.drapc.min-agricultura.pt/base/documentos/bol_informativo_13_0510.pdfVerbo vir no pretérito perfeito:
Eu vim
Tu vieste
Ele veio
Nós viemos
Vós viestes
Eles vieram
Logo:
Eu intervim
Tu intervieste
Ele inteveio
Nós interviemos
Vós interviestes
Eles intervieram
Portanto, devemos usar como referência o verbo “vir” para conjugar o verbo “intervir”.
Lista de palavras que mudam com o Acordo Ortográfico de 1990
Vocabulário de Mudança
Lista das palavras do VOP cuja grafia muda com o Acordo de 1990
Versão 1945->1990 (todos os países exceto o Brasil)
Consultar aqui.
Solarengo vs soallheiro
Solarengo - Respeitante a solar ou com aspecto/aspeto de solar (casa ou herdade nobre).
Soalheiro - (exposto ao sol, banhado pelo sol).
Não é raro encontramos a palavra "solarengo" usada no sentido de "soalheiro", como vemos nos exemplos seguintes que retiramos de blogues, páginas do facebook e jornais.
-Reflexos de um dia solarengo
(http://olhares.sapo.pt/reflexos-de-um-dia-solarengo-foto5431388.html)
Soalheiro - (exposto ao sol, banhado pelo sol).
Não é raro encontramos a palavra "solarengo" usada no sentido de "soalheiro", como vemos nos exemplos seguintes que retiramos de blogues, páginas do facebook e jornais.
-Reflexos de um dia solarengo
(http://olhares.sapo.pt/reflexos-de-um-dia-solarengo-foto5431388.html)
-Dia solarengo
Tolerância de ponto, dia solarengo.
Hoje não
quero mais nada.
-O dia, solarengo, convida a sair. E uma vez que está na rua, faça-nos uma visita e conheça a nova exposição temporária GLOB-ALL MIX, que poderá visitar entre as 14h00 e as 18h00. Até já!
-O 1.º Encontro Superlight 125 em Fátima foi, na
opinião dos participantes e da organização, um sucesso. O dia solarengo e quente
antecipou um encontro animado e um passeio muito agradável até à Batalha.
Segundo a organização, “o encontro correu tão bem, que já estamos a pensar no
segundo”.
Dicionário de Gentílicos e Topónimos
Os habitantes de Portugal chamam-se portugueses, a música do Brasil
é brasileira. Mas como designar os objetos e as pessoas de Macau, do
Rio de Janeiro ou da Lituânia? Quando designamos alguém em função do país, da
região, da província, da localidade em que nasceu ou de onde alguém ou alguma
coisa procede, estamos a utilizar um gentílico.
Existem várias formas de criar gentílicos. Os mais comuns são os formados por sufixos como -ês (português), -ense (macaense) e -ano (americano). Porém, a formação dos gentílicos nem sempre consiste na mera junção de um sufixo à base do topónimo (nome de um sítio ou local), existindo processos mais complexos, por vezes com justificações etimológicas ou históricas: por exemplo, o gentílico de Castelo Branco é albicastrense e não *castelo-branquês, *castelo-branquense ou *castelo-brancano.
O Portal da Língua Portuguesa disponibiliza uma lista onde pode consultar elevado número de topónimos e os seus gentílicos respetivos ordenados alfabeticamente. A pesquisa pode ser feita clicando sobre:
Existem várias formas de criar gentílicos. Os mais comuns são os formados por sufixos como -ês (português), -ense (macaense) e -ano (americano). Porém, a formação dos gentílicos nem sempre consiste na mera junção de um sufixo à base do topónimo (nome de um sítio ou local), existindo processos mais complexos, por vezes com justificações etimológicas ou históricas: por exemplo, o gentílico de Castelo Branco é albicastrense e não *castelo-branquês, *castelo-branquense ou *castelo-brancano.
O Portal da Língua Portuguesa disponibiliza uma lista onde pode consultar elevado número de topónimos e os seus gentílicos respetivos ordenados alfabeticamente. A pesquisa pode ser feita clicando sobre:
- a letra inicial do gentílico;
- o nome do país;
- o nome de distrito (para Portugal) ou estado (no caso do Brasil);
- o nome do local (país, território).
sexta-feira, janeiro 11, 2013
Círculo vicioso vs ciclo vicioso
Na sua mensagem de Natal, o Presidente da República afirmava que «a austeridade e o confisco matam a procura interna e a produção e comprometem as
metas fiscais, conduzindo a mais austeridade e que "É um círculo vicioso que temos de interromper."» (fonte: edição online do DN - 5 de janeiro)
A propósito destas declarações o Primeiro-ministro «desejou que os portugueses em dificuldades consigam ver "a luz ao fundo do túnel" este ano e percebam que Portugal não está num "ciclo vicioso", mas a "vislumbrar a saída de um período difícil". » (fonte -Agência Lusa, publicado em 6 Jan 2013)
Quem está correto? Cavaco ou Passos?
Ora bem, o Presidente tem razão!
Vejamos o que diz o Ciberdúvidas:
A expressão correcta é «círculo vicioso».
De acordo com alguns dicionários, esta expressão designa uma sucessão, geralmente ininterrupta, de acontecimentos que se repetem e voltam sempre ao ponto de origem, colidindo sempre com o mesmo obstáculo.
Na doutrina de Aristóteles, esta expressão designa uma falha lógica que consiste em alcançar dedutivamente uma proposição por meio de outra que, por sua vez, não pode ser demonstrada senão através da primeira.
Por conseguinte, faz todo o sentido que a expressão seja círculo, uma vez que as situações se vão repetindo sucessivamente, provocando um impasse, isto é, A dá origem a B e, por sua vez, B dá novamente origem a A. Assim, não se sai do círculo!
A palavra ciclo, por sua vez, designa uma sucessão de fenómenos sistematicamente reproduzidos em períodos regulares.
A propósito destas declarações o Primeiro-ministro «desejou que os portugueses em dificuldades consigam ver "a luz ao fundo do túnel" este ano e percebam que Portugal não está num "ciclo vicioso", mas a "vislumbrar a saída de um período difícil". » (fonte -Agência Lusa, publicado em 6 Jan 2013)
Quem está correto? Cavaco ou Passos?
Ora bem, o Presidente tem razão!
Vejamos o que diz o Ciberdúvidas:
A expressão correcta é «círculo vicioso».
De acordo com alguns dicionários, esta expressão designa uma sucessão, geralmente ininterrupta, de acontecimentos que se repetem e voltam sempre ao ponto de origem, colidindo sempre com o mesmo obstáculo.
Na doutrina de Aristóteles, esta expressão designa uma falha lógica que consiste em alcançar dedutivamente uma proposição por meio de outra que, por sua vez, não pode ser demonstrada senão através da primeira.
Por conseguinte, faz todo o sentido que a expressão seja círculo, uma vez que as situações se vão repetindo sucessivamente, provocando um impasse, isto é, A dá origem a B e, por sua vez, B dá novamente origem a A. Assim, não se sai do círculo!
A palavra ciclo, por sua vez, designa uma sucessão de fenómenos sistematicamente reproduzidos em períodos regulares.
quinta-feira, janeiro 10, 2013
Bátega
Voltando às redundâncias!
Nestes dias de chuva e vento é comum ouvirmos a expressão "*bátega de água".
Na verdade, dever-se-á dizer só "bátega", pois "bátega" já é de água.
Nestes dias de chuva e vento é comum ouvirmos a expressão "*bátega de água".
Na verdade, dever-se-á dizer só "bátega", pois "bátega" já é de água.
bátega | s. f. |
Aumentar em
Todos os dias ouvimos falar em aumentos! Muitas vezes erradamente.
Não devemos dizer "*aumentar em 10%", mas sim "aumentar 10%"... se bem que o melhor é mesmo baixar 10%
Não devemos dizer "*aumentar em 10%", mas sim "aumentar 10%"... se bem que o melhor é mesmo baixar 10%
Anexo
Muitas vezes recebo mensagens de correio eletrónico informando que *"segue em anexo" o documento X.
Ora bem, a estrutura está errada, pois o correto seria informar que "segue anexo" o documento X, sem o "em".
Ora bem, a estrutura está errada, pois o correto seria informar que "segue anexo" o documento X, sem o "em".
Alcoolemia
A pronúncia de "alcoolemia" é |mía|. |ía| é a acentuação grega.
Como se diz "anemia" e não *"anémia".
Como se diz "anemia" e não *"anémia".
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